Como é abordado o conflito durante o procedimento de mediação?

Por Equipe Montolli Advocacia | 18 de fevereiro de 2020

A mediação é um procedimento de autocomposição, ou seja, é realizado por livre e espontânea vontade das partes. A mediação pode ser utilizada para qualquer tipo de conflito, incluindo, sem se limitar, conflitos societários, condominiais, familiares e sucessórios. A diferença da mediação para um processo judicial para resolução de um conflito são diversas, são distintos quanto aos custos, tempo, dentre outros fatores, sendo que na mediação o conflito será observado na sua totalidade, incluído os conflitos periféricos, o que não acontece em um processo judicial.

Os conflitos periféricos são as questões que de alguma forma influência para o sucesso de um acordo final, e resolução do conflito principal. Por exemplo, em caso de divórcio o mediador identifica que o conflito principal é o regime de visitação do filho, além de resolver essa questão, inicia-se também, a negociação de outros pontos, como por exemplo, divisão dos bens e pensão. Não existe fórmula pronta, pois para cada pessoa um ponto é considerado mais importante.

Assim, geralmente os mediadores iniciam o processo de mediação mapeando quais são os conflitos, diferenciando o conflito latente e os conflitos que o circundam. Neste ponto, o mediador focará em resolver as questões periféricas, mas por que? Muitos medianos, em um primeiro momento, não conseguem conversar a respeito do conflito principal, por este gerar mais conflitos.

Assim, o mediador visando empoderar as partes e estabelecer um dialogo inicial, aborda primeiro a mediação dos conflitos periféricos, para que as partes realizem acordos parciais. No processo de realizar pequenos acordos, as partes visualizam a capacidade de resolverem, por si só, os conflitos.

Dessa forma, o processo de mediação busca a todo o momento demonstrar as partes que elas conseguem resolver os conflitos e restabelecer o dialogo. Deste modo, pode-se notar que a mediação é um procedimento considerado completo, por não analisar somente um conflito, mas tudo que o envolve.